Começo e fim.
De frases simples, faço dissertações em mim.
Ouvir é apostar em divagações de um mundo que não é seu.
Como se alguém nos contasse a história de um mundo distante.
Com cores, matizes, sensações.
Estas se misturariam em nosso próprio mundo, tomando nova forma com cores, matizes e sensações próprias.
Jamais iguais a primeira.
Mas a verdade – a mais triste e pura de todas – é que nunca saberemos o quanto desse outro mundo é real.
Esse mundo é movido pela tão inexorável fé.
E assim seguimos nessa mescla de realidade e fantasia. Por dentre portas que abrimos e fechamos constantemente.
Entre reinos, abismos e vales.
Na eterna procura daquilo que chamamos verdade.
…alguém me disse uma vez, Caroline, que a fé é a base de nossas vidas, quer ela seja religiosa ou não. Ter fé em algo é como apegar-se a um pedaço de si próprio que se situa no de fora-de-si que todos temos de aprender a construir. Assim como nossas verdades, que acredito serem constantemente buriladas por nós. Até não haver mais o que possamos criar. E então descansarmos. Em paz… beijo pra ti…
A verdade pode não ser o que sempre esperamos. Mas cabe a nós, compreende-la e aceita-la.